quinta-feira, 17 de maio de 2007

Beijos



Cada beijo atrai outro beijo. Ah, naqueles primeiros tempos em que amamos, os beijos nascem tão naturalmente! Proliferam tão apertados uns contra os outros, que seria tão custoso contar os beijos que se dão durante uma hora como as flores de um campo no mês de Maio.




PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido, volume I - Do Lado de Swann, tradução de Pedro Tamen, Lisboa, Relógio D'Água, 2003.




2 comentários:

  1. CARMIM

    Não te digo tanto quanto
    quero
    nem te faço tudo quanto sonho

    Não me basto junto a ti
    secreta
    quanto me entrego e a ti me oponho

    Não te conto sequer
    porque imagino
    ser o desejo o carmim da boca

    Morro de sede perto dos teus lábios
    de ti quero ir bebendo
    e ficar louca

    HORTA, Maria Teresa, Inquietude, Edições Quasi, 2006.

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  2. Que lindo poema! Gostei muito! Porque não postá-lo e dar-lhe o realce e o destaque que ele realmente merece?

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