Beijos
Cada beijo atrai outro beijo. Ah, naqueles primeiros tempos em que amamos, os beijos nascem tão naturalmente! Proliferam tão apertados uns contra os outros, que seria tão custoso contar os beijos que se dão durante uma hora como as flores de um campo no mês de Maio.
PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido, volume I - Do Lado de Swann, tradução de Pedro Tamen, Lisboa, Relógio D'Água, 2003.
CARMIM
ResponderEliminarNão te digo tanto quanto
quero
nem te faço tudo quanto sonho
Não me basto junto a ti
secreta
quanto me entrego e a ti me oponho
Não te conto sequer
porque imagino
ser o desejo o carmim da boca
Morro de sede perto dos teus lábios
de ti quero ir bebendo
e ficar louca
HORTA, Maria Teresa, Inquietude, Edições Quasi, 2006.
Que lindo poema! Gostei muito! Porque não postá-lo e dar-lhe o realce e o destaque que ele realmente merece?
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