quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

As caras da História!!!

Acabei hoje mesmo de ler A Sentença de César do Steven Saylor (mais uma vez comprovo que já li coisinhas bem melhores). E imaginem só, fui surpreendida com a notícia de que se havia descoberto numa galeria britânica algumas moedas romanas com mais de 2 mil anos!!!!!! (O que anda esta gente a fazer para perder estes tesouros?). Uma delas tem um rosto bem conhecido (e protagonista da obra mencionada)!!!!!!! Não, não é o rosto do Gordiano que está na moeda, mas o da rainha egípcia mais famosa da história, Cleópatra.
Ora que a rainha tinha um nariz que dava nas vistas, já toda a gente sabia ou suspeitava, mas que fosse feia, como quem viu a moeda diz que é, ninguém esperava. Parece que tinha um queixo muito proeminente e uns lábios finos a combinar com o grande nariz.
Já o Marco António também não angariou muitos fãs: numa outra moeda descoberta, o general romano aparece com os olhos muito salientes, um nariz em forma de gancho e lábios finos.
Dá vontade de perguntar se, por acaso, não seria comum representar assim as individualidades nas moedas, uma vez que há traços característicos partilhados...

3 comentários:

  1. Também é verdade que o padrão de beleza vai mudando com o tempo... Basta repararmos, por exemplo, que, depois dos tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial, vigorou na sociedade o desejo pela abundância e fartura, o qual se repercutiu nas formas redondas e generosas do corpo feminino. E, logo nos anos 60, pouco tempo depois, com o movimento feminista, já era moda o culto dos corpos magros. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

    A fama da beleza de Cleópatra é inquestionável. Com todos os testemunhos que dão conta da sua pulcritude, com certeza a rainha egípcia situava-se nos mais altos parâmetros de beleza... Para a época... E talvez também para o nosso tempo, tendo em conta a hipótese que colocaste, Ariadne, de se representarem as individualidades com base num padrão fixo de características físicas... E, portanto, a representação de Cleópatra nessa moeda não seria um verdadeiro retrato. Mas, por outro lado, é verdade que na altura requeria-se um retrato (mais ou menos) fiel de modo a concretizar-se devidamente o fim propagandístico que as moedas também detinham...

    P.S.: Uma pergunta parua (de paruus, parua, paruum)- Qual é o antídoto do amor?

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  2. a beleza é algo muito relativo, felizmente, mas há sempre pequenos elementos que são clássicos na definição da mesma... a tez, os olhos, o nariz, os lábios e, algo que muita gente se esquece, o colo...

    é conveniente também não esquecermos a beleza interior, que muito contribuiu para a exterior...

    já agora, no natal, recebi como prendinha, vindo de Portugal, o último livro do Steven Saylor, "Um gladiador só morre uma vez", no qual existe um conto em que se considera essa questão: por que motivo se assassina um jovem tão belo quanto arrogante?

    beijinhos

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  3. Mas ninguém me sabe dizer qual é o antídoto do amor...?

    :(

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