Conselhos práticos
Isto começou por ser um comentário, mas penso que merece o destaque de post, já que se trata de informação pertinente para qualquer pessoa que produza trabalhos escritos.
Cara Hera, aproveito para te alertar e aos demais interessados sobre um facto importante na produção de trabalhos científicos. As referências bibliográficas separadas só por vírgulas ou à americana, não estão de acordo com o que deváiamos produzir, existe uma norma portuguesa de referências bibliográficas, a NP405-1. Nela encontramos quadros de exemplificação de como referenciar monografias ou partes delas, periódicos ou partes deles, actas, teses, etc. Eu considero um elemento de trabalho essencial para quem produz trabalhos científicos. Para além da parte 1 dedicada ao livro, existem outras subdivisões da NP405, a parte 2 diz respeito ao material não livro (ex: cds), a parte 3 refere-se a documentos não publicados e a parte 4 a referência de documentos electrónicos. Se precisarem de mais informações, falem comigo.
Assim, a referência de Neruda ficaria:
NERUDA, Pablo - Vinte poemas de amor e uma canção desesperada. Fernando Assis Pacheco, trad. 12ª ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2003. 51, 53, 55 p. (Último elemento obrigatório é o ISBN, para livros, ou ISSN, para periódos).
Oscula
Olá, Hortênsia!
ResponderEliminarMuito obrigada pelas indicações. Onde é que existe essa norma disponível para ser consultada?
Nos seminários de orientação que tenho tido para a tese de mestrado, a Professora nunca nos falou dessa norma e as referências bibliográficas que faço são as que ela diz aos alunos para fazer. As referências que uso estão como as que tenho visto em várias teses, publicações... Mas és capaz de ter razão e hei-de falar disto à minha Professora.
Oscula.
Cara Hera, normalmente só os profissionais de documentação sabem deste tipo de normalização, porque é nossa obrigação. As normas são produzidas por um organismo internacional de normalização o ISO e algumas são traduzidas para português e disponibilizadas pelo IPQ. Também são bastante caras, por isso só as bibliotecas cujos directores têm noção disto as têm.
ResponderEliminarEu tenho a NP405-1 porque, embora infrinja o copyright, a professora nos deu. Se algum dia quiseres, ponho à disposição as minhas cópias todas sublinhadas e anotadas (terás de as receber já com uso evidente). A NP405-4 da referência de docs electrónicos tenho em PDF, se quiseres e o meu mail deixar, evio-ta.
Oscula
Sim, Hortênsia, se conseguires enviar por e-mail, agradeço-te. No entanto, embora estejas correcta, não deixarei de fazer as refrências bibliográficas como tenho feito, pois tem-me sido dito para fazer assim. E quem me disse não foi um profissional de documentação, mas sim uma professora muito experiente, com uma ponta de autoridade no assunto.
ResponderEliminarEm quase todos os livros, trabalhos, teses, etc., que encontro, as referências estão assim e identificam quase na perfeição absoluta qual é a fonte de onde foi retirada a informação.
Peço desculpa pelo meu erro atrás: escreve-se "referências".
ResponderEliminarErrare humanum est.
Homo sum - nihil humanum a me alienum puto.
A opçãp é tua, mas experimenta perguntar à professora se conhece essa norma. Quase de certeza que não conhece, porque quem sabe que existe uma norma segue-a, às vezes fazendo pequenas adaptações pessoais. Mesmo que te dissessem alguma coisa por adoptares uma metodologia diferente, estarias sempre com a razão porque a norma é um código que está acima das referências bibliográficas que, muitas vezes, são ditadas pelo hábito ou por seguir o exemplo de pessoas que podem ser autoridades no mundo académico, mas que desconhecem estas coisas.
ResponderEliminarEu tomei conhecimento destas matérias no âmbito das ciências documentais, mas a cadeira base foi metodologias do trabalho científico, uma cadeira em tudo semelhante à que tivemos no primeiro ano de curso mas que apresenta aos alunos como se faz e porque se faz. A NP405 não é só para técnicos de documentação, mas para todo aquele que produz trabalhos científicos e não é usada porque, como acontece em muitas outras coisas neste país, as pessoas não sabem e não se informam.
Não pretendo dar um sermão, apenas pretendo demonstrar, como me apercebi este ano, que, nem sempre, aqueles que nos ensinam têm presente ferramentas de trabalho que deviam conhecer e por isso é que elas nunca mais são utilizadas e as pessoas ficam muito admiradas quando alguém fala disto.
Oscula
Minha querida Hortênsia,
ResponderEliminarprometo falar seriamente com a minha professora sobre este assunto.
Oscula.
Também tenho as dúvidas que a nossa Hera tem. Vou manter-me fiel aos nossos grandes mestres da Faculdade de Letras, bem como à própria instituição da Universidade de Lisboa. Mas agradeço-te imenso, Hortênsia, por partilhares connosco um pouco do teu tempo e dos conhecimentos que vais adquirindo neste teu novo percurso. Continua com esse empenho!
ResponderEliminarGrande beijo.