Hipersensibilidade
A realidade atinge-nos de forma contundente. Numa viagem num autocarro que atravessa bairros mais empobrecidos toma-se contacto com uma juventude irrequieta, alheia ao facto de incomodar os outros passageiros com os gritos que entoam, pior que tudo isso é verificar que só se divertem a destruir, tiram papéis publicitários pendurados nos varões do autocarro e rasgam-nos, depois atiram-nos aos colegas que saem na paragem, ficando tudo espalhado na rua, muito ecológico!
Hoje de manhã, sentada no eléctrico, deparo-me com uma mensagem xenófoba escrita a caneta de acetato nas costas de um banco. A pergunta que surge imediatamente é: onde está a educação para a cidadania deste país? Cada vez mais me questiono sobre que educação é dada aos jovens em relação à maneira de estar. Hoje à tarde, no metro, um jovem ia esparramado no banco, ocupando quase todo o espaço à frente dele, impedindo que outra pessoa se sentasse confortavelmente. Como sempre, posso parecer miudinha, mas são pequenos exemplos de egoísmo social. Se a minha liberdade termina onde começa a do outro, então o outro tem direito a ir descansado nos transportes públicos, a sentar-se confortavelmente quando existe um lugar disponível e a não ter lixo espalhado pela rua. Os pequenos nadas diários que tornam harmoniosa a nossa rotina.
Oscula
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