quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Com os chineses ninguém brinca!!!!

Em 2006 um casal de professores foi acusado de proxenetismo, pois obrigaram 23 raparigas, a maior parte delas suas alunas e todas elas menores de idade, a prostituirem-se!!!... Na altura, o casal, tal Bonnie and Clyde, mas versão hardcore, evadiu-se às autoridades e ao mandato de captura, chegando mesmo a constar daquela almejada lista onde nenhum de nós conseguirá alguma vez constar, a lista dos 10 mais procurados (da China, neste caso)!!!


Mas o que eu queria sublinhar aqui, nem sequer é o facto de 2 Professores, supostamente pessoas letradas, formadas e informadas, se entregarem a uma vida dupla de promiscuidade, em que não só se prejudicam, como também e principalmente prejudicam miúdas, cuja a única vida deveria ser casa, escola, amigos e pouco mais, ou seja, a vivência normal de qualquer adolescente. Também já nem sublinho o facto de estes casos grotescos se tornarem cada vez mais frequentes e vindos das pessoas mais próximas das vítimas. Apenas gostaria de sublinhar o facto do governo chinês decretar logo a sentença máxima de condenação à morte!!!! Nem mais nem menos.


A notícia do Sol ainda acrescenta: «Segundo investigações da Amnistia Internacional (AI), em 2006 pelo menos 1010 pessoas foram executadas e 2790 condenadas à morte, embora os números reais possam ser superiores. »


Ora bem, vivendo eu num país de brandos costumes e por conseguinte, brandos castigos, não posso deixar de ficar admirada com tão firme punho da justiça.


Se os chineses condenaram logo à morte estes 2 professores, que fariam eles aos arguidos do caso da Casa Pia, aos pais da Joana, ao padrasto que violou e espancou até à morte o miúdo com deficiências físicas de apenas 6 anos, àquele a que chamaram de serial killer por ter assassinado pelo menos umas 3 ou 4 raparigas, e tantos outros casos que a justiça portuguesa tanto tarda, que nem chega a existir, fazendo com que esses assassinos andem para aí impunes ou então que vivam uma vida regalada na prisão??!!...


"Ah!, mas coiso e tal, é inconstitucional as sentenças de morte" - são as falinhas mansas dos que se precisam de se justificar.


Eu, como sou de extremos, apoio a sentença à morte! Mas é para casos também extremistas.

O caso dos professores, ainda que grave, não me parece justificar tal sentença.
Mas também é por isso, que se conhece poucos casos destes na China. Deste país, apenas se conhece exemplos de progressão, muito trabalho e avanços de tecnologia. E porquê? Porque eles cortam logo o mal pela raíz. Matou? Violou? Levou a isso? Acaba-se já com o tipo ou com os tipos! Está o assunto resolvido!
E no fim:

a) Serve de exemplo para os que pensavam fazer uma vida disso, marginal à lei!;

b) Não condicionam as cadeias, como vemos no Brasil ou Argentina em que se mete 20 num calabouço de apenas 5, onde se matam todos lá dentro e se violam e sei lá mais o quê!;

c) E, por fim, controlam o crescimento demográfico!... - Não é uma verdade bonita, mas é uma solução prática em que menos bocas darão origem a mais alimento e melhor qualidade de vida e, utopicamente, a uma melhor distribuição da riqueza...



5 comentários:

  1. Por mais que te compreenda, Ariadne, e me repugnem os actos selváticos de certos criminosos, não consigo apoiar a pena de morte... Não vou dizer porquê... Já todos me conhecem...

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  2. Querida amiga Ariadne,

    tal como a ti, a mim não me horrorizam menos todos esses crimes e homicídios. Mas apoiar a pena de morte?

    Cada um tem a sua ideia, mas eu não consigo também ser a favor de uma sentença que é irreversível, que pode decorrer de um julgamento injusto em que não se descobre o verdadeiro culpado e que - invariavelmente - acontece aos mais pobres, aos mais indefesos, aos mais ignorantes, que não têm dinheiro para uma boa defesa na Justiça.

    E, mesmo que se descubra o verdadeiro culpado, quando aplicamos a pena de morte, não estamos também a matar, a tirar a vida, a praticar esse acto que condenamos naquele que queremos ver morto?

    E será que a pena de morte traz de volta quem foi morto ou alivia o sofrimento de quem foi molestado? Não me parece. O que pode fazer é alimentar um sentimento de vingança, de uma vingança que não traz nada de bom, no fundo, à alma e ao equilíbrio psicológico. A vingança mais impiedosa alimenta o lado negro das nossas almas.

    O maior castigo para quem praticou o mal é ficar no Inferno da prisão, no Inferno do remorso - se ele existir -, e sempre, sem dúvida, no Inferno de perder a liberdade, de o condenado se consumir a pensar que vive preso por causa do mal que fez.

    Agora... matá-los? Isso até é fazer-lhes bem, porque nunca mais sofrerão a hipótese de serem presos, de serem criticados pela sociedade, devido ao mal que fizeram.

    A morte é uma libertação que eles não merecem.

    Além disso, a pena de morte só me faz lembrar a escura, injusta e ignorante, muitas vezes, Idade Média em que se enforcavam pessoas na praça pública, amarravam-se os criminosos ao pelourinhos, faziam-se autos de fé aos judeus e tudo isso era um espectáculo de entrada gratuita para todo o povo alegre ir assistir e fazer uma espécie de catarse colectiva contra os males e as injustiças do mundo. Tristes espectáculos que acho que não se encaixam bem num mundo moderno, civilizado e amante dos valores nobres e elevados.

    Finalmente, acrescento que deveríamos ter muito orgulho em Portugal ter sido um dos primeiros países deste mundo cão a abolir a pena de morte. Nós, atrasados da cauda da Europa, que temos muitos problemas no nosso sistema judicial - é verdade -, pelo menos nisto estamos mais avançados do que os países mais ricos e ditos evoluídos, como por exemplo os Estados Unidos da América, em que há cadeiras eléctricas, injecções letais e as famílias das vítimas a assistirem à execução dos criminosos, como quem assiste a um espectáculo banal de teatro, cinema ou circo...

    E que venha o Dia Europeu contra a Pena de Morte! (Deve ser esta a única coisa em que louvo o Sr. Eng.º Sócrates...)

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  3. so muito rapidamente porque estou de partida para a india e nao queria de deixar o meu contriburto:

    pena de morte, nao... particularmente, por aquele exempo que a Hera citou de ''libertacao'' imerecida,

    mas trabalhos publicos/comunitarios/ uteis para a comunidade, sem duvida, SIM!!!

    Se desobedecem a ordem publica e' mais que justo que ajudem a melhorar a mesma, em algo...

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  4. Já sabia que a minha posição radical iria provocar reacções contra a pena de morte... e louvo-me por poder incitar ao debate (adoro discutir estas questões e outras igualmente pertinentes)... :)

    Não esperava outra coisa da Clio e da Hera que, outrora, já se tinham declarado como não apologistas da liberalização do aborto e, por isso mesmo, acérrimas defensoras da vida humana... Tal como eu, nesses casos (embora a vida seja tão irónica que, neste mesmo ano, meses depois do referendo, ela própria me fez rodar sobre mim mesma e alterar o que eu pensava até então a esse respeito e, assim, me fizesse desejar trazer esse tipo de morte a um ser indefeso - é a vida!!... Mas isso são outras histórias!)

    Concordo plenamente com muitas das questões levantadas pela Hera.
    São questões que primam pela lógica e fazem todo o sentido nos dias de hoje, como por exemplo a (in)justiça no decorrer de um julgamento, ou, até mesmo, a libertação causada pela morte (até porque a minha alma regozija-se por saber que pedófilos presos são espancados pelos seus companheiros de cela, que pensam nos seus filhos e na sua incapacidade de os protegerem dessa gente deturpada, ou seja, fazem justiça pelas suas próprias mãos).

    E agora, mais do que nunca, apoio isso mesmo: justiça pelas próprias mãos, porque parece que ela nunca chega a tempo nem a horas através das leis ou dos julgamentos.

    Obviamente, que não concordo com a sentença de morte no caso que expus,porque não faz muito sentido. Mas concordaria com a mesma em casos extremos, como já o disse, e acrescento, desde que houvesse uma quantidade de provas que indicassem como único suspeito o indivíduo em questão.

    O objectivo seria um pouco utópico: limpar a sociedade!

    Vou dar um simples exemplo que já utilizei noutras explicações:
    Imaginem uma fruteira com várias peças de fruta. Uma delas apodrece. O que acontece às outras todas?

    Apodrecem também!!...Perigo de contaminação!!!!...

    Mas se nós removermos a única fruta podre na fruteira, conseguimos salvar todas as outras frutas!!!...

    Peço desculpa pelo exemplo, mas até hoje tenho estragado uma data de fruta assim. Uma apodrece. Nunca a tiro a pensar em aproveitá-la. E depois não aproveito nenhuma delas!!!!

    Agora adoptei uma nova metodologia: fora logo com as frutas podres. Nem lhes dou hipóteses!!!

    E, inadvertidamente, comecei a pensar se a Humanidade não se fazia um favor a si própria se fizesse o mesmo com as suas frutas podres...

    Mas estejam descansadas que é só uma opinião, uma teoria.
    Não serei o próximo Hitler que libertará o mundo da podridão, nem sou, obviamente, Deus para poder escolher quem é que vai para a Arca e quem fica em terra a enfrentar o dilúvio de 40 dias e 40 noites...

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  5. Estou a gostar deste debate de ideias! Parabéns, Ariadne, por o teres possibilitado no nosso Lucerna.

    Aproveito para congratular também a interessante e bem construída exposição dos vossos argumentos. A Ariadne, a Hera e o Narcisus dariam todos excelentes advogados. (Eu cá tive preguiça para discorrer sobre as minhas ideias... às vezes dá-me... tal como a loucura... :)

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