O corpo ao espelho
GLOSA À CHEGADA DO OUTONO
O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sêde, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera; este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...
ousa temer no seu temor agudo...
Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.
28/8/1958
SENA, Jorge de. Obras de Jorge de Sena - Antologia Poética, edição de Jorge Fazenda Lourenço, 2.ª edição, Porto, Edições Asa, 2001; p. 83.
Sempre tão bem-vindo... o Sena. Jorge de Sena.
ResponderEliminar"O corpo: lugar de encontro e desencontros. Lugar de memórias, de esquecimentos, de mudanças e resistência a mudanças, lugar de desejos, de entrega e (também) de solidão."
Hera e companhia, que tal um encontro antes das férias...?
ResponderEliminarMinha querida Clio,
ResponderEliminarcom certeza que um encontro é sempre bem-vindo.
Pensem numa data favorável a todos. Eu conto estar por cá nos próximos tempos.
Beijo.
Olá!
ResponderEliminarDaqui a um mês e pouco vou entrar em férias. Proponham datas para o nosso encontro. Dá mais jeito (por causa do trabalho) a um fim-de-semana? 14/15 de Julho? Ou mais cedo? Ou mais tarde?
Dêem, por favor, as vossas sugestões, para se estabelecer o mais rapidamente possível uma data. Gratias.
Beijos!
Isto é só uma sugestão... Mas porque não para depois de 15 de Julho? Tanto me faz que seja a um fim-de-semana ou a um dia útil.
ResponderEliminarBeijos.
Para mim pode ser depois de 15 de Julho. Propõe, por favor, uma data específica, Hera... e companhia.
ResponderEliminarGrande beijo.