segunda-feira, 29 de abril de 2013

BIBLIOTECA DOS CORUCHÉUS


Ora bem, foi inaugurada no Dia do Livro a Biblioteca do Bairro de Alvalade, em Lisboa. A Biblioteca dos Coruchéus, herdou o nome do palácio onde está instalada, foi o espaço que me propus conhecer, uma vez que fica na minha área de influência.
Primeira impressão: condensada no espaço, não tem tantas e tão amplas salas como a Biblioteca Orlando Ribeiro.
Segunda impressão: é realmente a estrear, ainda se consegue cheirar a tinta!
Terceira impressão: melhor para trabalhar no Verão, hoje o dia está fresco e eu estou encasacada e com as extremidades bastante frescas. Deduzo que seja do não conseguido isolamento de um edifício antigo. Todas as salas têm portadas ou janelas, até as antigas lareiras do palácio se mantêm. Isto do isolamento é gritante na parte sonora, conseguia ouvir o rádio do sr. agente que estava na rua, e os poucos veículos motorizados que por aqui passam, também são completamente perceptíveis.
Quarta impressão: o fundo tem de crescer bem mais, as estantes estão muito arejadas.
Quinta impressão: se quisermos usar as tomadas junto às estantes, prepara-se uma tarefa de muita paciência, uma vez que a terminação metálica da estante tem uns milímetros excessivos, em que fazemos um esforço e cálculos de engenheiro para conseguir encontrar o ângulo em que a tomada do nosso computador consigo passar no ângulo certo, para acertar com os buracos e passar acima da terminação metálica.
Sexta impressão: tem muitos computadores para consulta, não contei ao certo, mas duas fileiras do princípio ao fim da sala, pareceu-me uma boa perspectiva.
Sétima impressão: Na segunda semana de funcionamento já não existe papel para limpar as mãos, simpaticamente colocaram um rolo de papel higiénico para fazer as vezes do outro (provavelmente mais caro, diria eu!)
Oitava impressão: tem um baloiço amoroso num recanto junto à sala da Internet. Daqueles que parecem um ovo em verga. O espaço infantil tem puf's, bem como um espaço na sala da Aprendizagem (onde estão as temáticas mais técnicas). A sala do Lazer, com Literatura e temáticas ligadas aos tempos livres, bem como dvd's, não tem mesas, só umas cadeiras com design curioso. Quem se sentar a ler nessa sala, terá de acolher o livro no regaço ou então sustê-lo no ar! No piso de baixo fica a sala infantil, também carece de mesas, levando ao limite o conceito de que as crianças gostam de rebolar e fazer tudo mais no chão. No rés-de-chão fica também a sala com os jornais e revistas, e que também é dedicada ao fundo local, obras sobre o Bairro de Alvalade e Lisboa.
Nona impressão: a vista é melhor para a parte de trás da Biblioteca, com um espaço relvado e uma estátua. A parte da frente é rodeada de carros, mas tem a vantagem de haver um café/restaurante em frente. Assim ninguém passa fome!
Décima impressão: o horário é coincidente com o horário de trabalho das pessoas normais (10-18h), assim o público-alvo será reformados e estudantes. Exceptuando os sábados em que estiver aberta, porque vai abrir alternadamente ao sábado e à segunda-feira. No Verão não há sábado para ninguém.


Fico contente por o Bairro voltar a ter uma Biblioteca, tinham fechado a outra em 2008 por motivos de segurança. Mas se tiver muita procura, poderá revelar-se pequena. Em todo o caso poderão dizer-nos que não estamos assim tão longe da Biblioteca Central no Palácio das Galveias, e que esta é uma biblioteca de bairro, não uma biblioteca âncora. Em todo o caso, a iniciativa é positiva.

Oscula

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