sábado, 23 de janeiro de 2010

Ser e ter

Dois dos verbos mais utilizados no nosso léxico. Tão importantes e tão diferentes, começa pelas diferenças gramaticais que ditam, como no uso dos particípios passados, um irregular, outro regular. Tão diferentes nas nossas vidas, o ser é mais importante do que o ter, mas este mundo de pernas para o ar quer inverter essa verdade. Mas chegam momentos em que vemos que, apesar de termos tudo o que é necessário, não chega para sermos felizes, porque o ser requer coisas intangíveis, não palpáveis, a que o ter nunca será sensível. Pena que nem todos os seres humanos se apercebam desta realidade, ou que, reconhecendo-a lá no fundo do fundo, permaneçam com o orgulho e a arrogância da imutabilidade, que magoa aqueles que chocam com ela. Se até a Terra se move, porque é que o ser humano não se move também no sentido de melhorar?

Oscula

2 comentários:

  1. Olá, Hortênsia!

    Penso muitas vezes nisto.

    Ter é importante na medida de satisfazer um padrão mínimo de bem-estar e qualidade de vida, para... se poder ser feliz com o que se é.

    O ter deve estar ao serviço do ser. E não o contrário. Acho que é isto.

    Viver para ser. Ter para viver e para ser. E não ser e viver para ter.

    E, pensando bem naquilo que escreves, garanto-te que o melhor que se pode fazer é dar o maior desprezo a todos aqueles que, na sua arrogância, julgam que a vida nunca muda.

    Não há bem que dure sempre nem mal que nunca acabe.

    Pense-se em coisas tão evidentes como o sismo no Haiti. E sabemos que é esse é só um exemplo.

    Beijos a todos.

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