sábado, 10 de outubro de 2009

PRAXES

Mais um ano lectivo teve início, e eu, a trabalhar numa instituição de ensino superior, tive oportunidade de, mais uma vez, assistir àquela semana em que pouco se estuda e muito se berra, bebe e se sai da vida certinha das aulas e tudo mais!
Além de ter levado com imenso barulho em cima da minha cabeça, porque o local ideal para fazer festas e praxar caloiros é no terraço do edifício, imediatamente por cima da Biblioteca, dei por mim a reflectir sobre as praxes. Cheguei à conclusão de que nós, meus caros companheiros de blogue e de curso, somos bichinhos raros, porque quisemos dar aos nossos caloiros uma praxe divertida e culturalmente enriquecedora!
Esta semana, vi grandes exercícios de humilhação, reveladores de pobreza intelectual, e isso é a pior parte, quando as praxes se tornam num exagero tal, que alguns caloiros chegam a passar mal! A gritaria de motes de curso, ter de levar com música pimba ou batucada de discoteca, é normal e não vem mal ao mundo por isso, mas quando não se bom-senso e respeito pelos limites dos outros, pergunto-me se são lícitas as praxes. Deviam ser um momento de diversão e não de abuso do poder em nome do espírito académico. Estou a falar de futuros profissionais da saúde, que, num dia nublado e um pouco fresco, mandavam os caloiros buscar água nos seus capacetes-penico para depois os enxarcarem num baptismo. Mais valia trazerem uma piscina insuflável e fazerem um baptismo à moda das seitas, porque o resultado é o mesmo, os pobres coitados acabam completamente encharcados!
Mas a semana já acabou e, na próxima, os animados veteranos estarão sobrecarregados com exames! Depois da borga, vem a dura realidade!

E vamos a espevitar este blogue!

Oscula

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