sexta-feira, 13 de março de 2009

Feliz sexta-feira 13!

Todos os lindíssimos gatos pretos deste mundo desejam-nos a todos nós - pobres humanos irracionais, crentes e supersticiosos - uma felicíssima sexta-feira 13!
"Ainda persistem as crenças supersticiosas de que os gatos - em especial os pretos - podem acarretar sorte ou azar - crença esta muitas vezes baseada na geografia e no direito de propriedade. Como escreveu Moncrif, o primeiro naturalista a reabilitar este animal, na sua História dos Gatos (1727): 'nas mentes tacanhas a cor negra funciona muito bem em detrimento dos gatos: acentua-lhes o fogo do olhar, o que é suficiente para fazer as pessoas acreditarem que, no mínimo dos mínimos, são feiticeiros.' Dizia-se que os gatos pretos estavam ligados ao demónio e, muitas vezes, faziam-se sacrifícios, em consequência disso. Mais tarde, na Grã-Bretanha, o infeliz gato preto transformou-se num portento de sorte quando se atravessava no nosso caminho, o que se baseava na ideia de que tinha passado por nós sem nos fazer mal. Na América do Norte isto inverteu-se: o gato preto é um espírito maligno e basta a sua presença para haver perigo.
A lendária introdução do gato no Japão diz-se ter ocorrido no décimo dia do quinto mês do ano 999, quando um mandarim chinês presenteou o imperador Ichijo com uma fêmea negra. Logo após, o nascimento de uma ninhada de cinco crias, no palácio imperial de Quioto, foi percursor de um futuro benigno para o gato no Japão. Hoje, a imagem do gato com uma pata erguida num movimento de aceno é um símbolo japonês de sorte e prosperidade. Conhece-se por Maneki-neko, ou 'o gato que acena'. A lenda nasceu quando alguns samurais seguiram um gato que lhes acenou até um santuário onde se refugiaram de um temporal. Os samurais difundiram a fama do santuário e as pessoas passaram a levar lá os gatos para serem enterrados e rezarem pelas suas almas felinas, assim como para implorar na sua vida pessoal. O gato nacional do Japão, o Rabão japonês (...) também está associado à sorte. Foi adoptado por marinheiros, por a sua cauda natural - que parece cortada - se assemelhar ao emblema da família real - o crisântemo -, e é usado como talismã para desviar as tempestades marinhas."
FOGLE, Dr. Bruce. A Enciclopédia do Gato, 1.ª edição, tradução de Paula Reis, Lisboa, Livros e Livros, 1998; pp. 30 - 31.

Sem comentários:

Enviar um comentário