Evento quentinho!
Compareci ao lançamento do livro de poesia do Pedro, no CCB. Um fim de tarde excelente, como já não tinha há muito. Dei por mim a pensar no que tenho perdido culturalmente por andar concentrada nesta vidinha de trabalho, casa, universidade, onde foram parar os meus momentos de sorver cultura? Há que continuar neste bom caminho. Bom, deixemo-nos de divagações, porque o que interessa é partilhar como foi o lançamento.
As condições ambientais não eram as melhores, foi no Sandwich bar, uma cafetaria, local de passagem para outras salas e eventos a decorrer no CCB, não havia instalação de aparelhos de som, o que tornou difícil ouvir as intervenções.
Começámos em grande com Daniel Jonas a conversar com Luís Miguel Cintra sobre a"A Tempestade" de Shakespeare, pelo lançamento de "O mar e o espelho. Um comentário a A Tempestade" de W. H. Auden. Foi uma conversa deliciosa, em que ouvimos falar da dificuldade da representação da peça shakespeariana e de como este texto complementa o primeiro, ao mesmo tempo que pode ser visto como o oposto. Ficámos igualmente a saber que no dia 18 de Abril, a seguir à peça "A tempestade", será feita a leitura deste texto pelos actores. Pena que se ouvisse tão mal o que era dito.
Seguiu-se a leitura de poemas pela própria Bénédicte Houart, uma belga radicada em Portugal, que escreve poesia em português. Já conhecia um poema dela por ocasião do Dia Mundial da Mulher, falando sobre Penélope, numa visão que muito me agradou. Recomendo vivamente esta autora, expressa o valor do feminino de uma forma muito interessante.
Seguiu-se o momento alto para a minha pessoa. O Pedro, com a sua voz sonante, encheu aquele local e fazia parar os transeuntes, lendo os poemas da sua autoria. De acordo com a explicação do autor, a obra está dividida em 3 livros, o primeiro "Odes de uma jovem ausência" foi composto em 2005, em relação ao segundo livro não teceu considerações e, por fim, "O monólogo de Cassandra", livro que obrigou a uma explicação sucinta do mito de Cassandra. A leitura foi magnífica. No final, o professor José Pedro Serra foi cumprimentar o poeta. Foi fantástico voltar a ver essa figura inesquecível, pena que não pude falar com ele.
Por fim, foi apresentado "Arado" de Pires Cabral. O autor não pôde estar presente, no entanto a exposição deste livro e o relacionamento do mesmo com toda a produção poética do autor por Óscar Silvestre foi excelente. A coroar este momento, alguns poemas foram lidos por Diogo Dória, grande actor, excelente declamador!
O Pedro pode ter dividido o protagonismo literário com mais três figuras, mas os interlúdios foram completamente dominados por ele. Trouxe músicos amigos e, entre cada apresentação foi tocada música clássica. Primeiro Schubert em harpa, depois violoncelo (desculpem não me lembrar do compositor) e, por fim, um quarteto composto por violinos, violoncelo, e o Pedro na viola de arco a tocar Mozart.
Acho que vou fazer de tudo para não perder o lançamento de livros da autoria do Pedro.
Espero que tenhas gostado das impressões, Clio!
Oscula
As condições ambientais não eram as melhores, foi no Sandwich bar, uma cafetaria, local de passagem para outras salas e eventos a decorrer no CCB, não havia instalação de aparelhos de som, o que tornou difícil ouvir as intervenções.
Começámos em grande com Daniel Jonas a conversar com Luís Miguel Cintra sobre a"A Tempestade" de Shakespeare, pelo lançamento de "O mar e o espelho. Um comentário a A Tempestade" de W. H. Auden. Foi uma conversa deliciosa, em que ouvimos falar da dificuldade da representação da peça shakespeariana e de como este texto complementa o primeiro, ao mesmo tempo que pode ser visto como o oposto. Ficámos igualmente a saber que no dia 18 de Abril, a seguir à peça "A tempestade", será feita a leitura deste texto pelos actores. Pena que se ouvisse tão mal o que era dito.
Seguiu-se a leitura de poemas pela própria Bénédicte Houart, uma belga radicada em Portugal, que escreve poesia em português. Já conhecia um poema dela por ocasião do Dia Mundial da Mulher, falando sobre Penélope, numa visão que muito me agradou. Recomendo vivamente esta autora, expressa o valor do feminino de uma forma muito interessante.
Seguiu-se o momento alto para a minha pessoa. O Pedro, com a sua voz sonante, encheu aquele local e fazia parar os transeuntes, lendo os poemas da sua autoria. De acordo com a explicação do autor, a obra está dividida em 3 livros, o primeiro "Odes de uma jovem ausência" foi composto em 2005, em relação ao segundo livro não teceu considerações e, por fim, "O monólogo de Cassandra", livro que obrigou a uma explicação sucinta do mito de Cassandra. A leitura foi magnífica. No final, o professor José Pedro Serra foi cumprimentar o poeta. Foi fantástico voltar a ver essa figura inesquecível, pena que não pude falar com ele.
Por fim, foi apresentado "Arado" de Pires Cabral. O autor não pôde estar presente, no entanto a exposição deste livro e o relacionamento do mesmo com toda a produção poética do autor por Óscar Silvestre foi excelente. A coroar este momento, alguns poemas foram lidos por Diogo Dória, grande actor, excelente declamador!
O Pedro pode ter dividido o protagonismo literário com mais três figuras, mas os interlúdios foram completamente dominados por ele. Trouxe músicos amigos e, entre cada apresentação foi tocada música clássica. Primeiro Schubert em harpa, depois violoncelo (desculpem não me lembrar do compositor) e, por fim, um quarteto composto por violinos, violoncelo, e o Pedro na viola de arco a tocar Mozart.
Acho que vou fazer de tudo para não perder o lançamento de livros da autoria do Pedro.
Espero que tenhas gostado das impressões, Clio!
Oscula
Olá, Hortênsia!
ResponderEliminarObrigada pelo relatório! Deve ter sido muito bonito. Ficamos todos muito felizes e orgulhosos pelo Pedro.
Beijinhos.
Obrigada, Lili!
ResponderEliminarGostei muito!
E tu? Quando é que inicias a tua obra literária? :)
Beijinhos.