domingo, 24 de fevereiro de 2008

Índia, 2007-2008

EU TENTEI PÔR AS FOTOGRAFIAS DO QUE ESTÁ ASSINALADO A NEGRITO/ITÁLICO, MAS NÃO CONSEGUI...


Claro que a viagem tem as suas peripécias, mas sempre...

Mas isso não impediu que valesse muito a pena e que nos divertíssemos – Eu, o Ângelo Filipe, a Catarina e a Alexandra – muito. O problema é que a Índia é um país enorme e nunca se consegue ver tudo. Então as nossas escolhas foram: começar por Bombaim, passar o Natal em Goa, ir para Nova Deli, conhecer a cidade e partir num tour que terminasse em Agra, no Taj-Mahal. E foi, mais ou menos, o que aconteceu...

Bombaim, ou melhor, Mumbai, é uma cidade com 15 milhões de habitantes, logo não pode ser uma cidade muito pequena, muito limpa e muito calma, 'certo? Certo.'

Caótica, cheia de obras, com comboios a abarrotar de gente (sim, nós andámos de comboio...), sujíssima, a cheirar a tudo o que não é bom, claro. Mas é uma cidade com coisas para ver, em destaque o Gateway of India (séc. XX) e o Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastusangrahalay – nome bonito, não é? – ou, se preferirem, Prince of Wales Museum, um museu a sério, com uma boa colecção de arte europeia (da importante e mui rica família Tata), de escultura, manuscritos e trajes indianos.

Depois voámos para o estado de Goa, para a cidade de Panaji, e depois para a Praia de Calangute, onde ficámos alojados. Goa é extraordinária! Portuguesíssima!

As casas, as igrejas, as ruas, as madeiras embutidas, os cruzeiros, as alminhas, os túmulos... As coisas têm todas nomes/sobrenomes portugueses: ficámos em casa do sr. Salvador Silveira, jantámos no Souza Lobo, passámos na 'Barbearia', fomos à praia de Miramar, almoçámos na Casa de Goa, saímos para o Tito's, fomos ao bairro das Fontainhas, encontrámos a Casa Rocha, conhecemos goeses que falam português, encontrámos portugueses; vimos azulejos; igrejas nossas, como a de Santa Catarina onde está o túmulo de São Francisco Xavier, etc.

Extraodinária! Impossível perder!


Voámos desta vez para Nova Deli. Estivemos aí dois dias antes do tour e 1 depois. Deu para ver mais um Gateway of India, o Red Fort, mais uns museus históricos.

O tour passou por

Jaipur, the pink city, por causa da cor da pedra, mas porque assim foi pintada também, é enorme, além do palácio no lago, o City palace é impressionante, onde estavam todas as maharanis (rainhas), em que tudo é pensado, com os palácios de Verão, Inverno, os espaços de audiência pública, etc.; e vários fortes extraordinários – Amber Fort, Tiger Fort – e também o Palácio dos Ventos – Hawa Mahal – , muito bonito e verdadeiramente cor-de-rosa, sem alicerces, só com uma base única de alguns centímetros.


Bikaner, é um local de paragem para não obrigar a fazer uma viagem muito longa. Não há assim muito para ver nesta cidade – pensava eu – mas foi um dos sítios mais ricos. Eu e Alexandra conhecemos um pintor, Anirudh Singh (obrigatório ver http://www.rajasthanpaintings.blogspot.com), que se revelou uma excelente pessoa de 23 anos, com muita ética profissional e uma hunildade e simplicidade fora de comum nos indianos. Consegui trazer dois quadros dele, ainda que muito pequenos, que foram praticamente oferecidos.


Jaisalmer, o forte de Jaisalmer, magnificente, com as várias torres, mas também as ravelis (casa de importantes e ricos senhores com trabalhos de escultura e decoração fora do vulgar).

Depois fomos para passar uma noite ao deserto, ou o mais próximo que tínhamos (a 90km do Paquistão), onde andámos de camelo e vimos umas danças tradicionais muito bonitas.


Pushkar, uma cidade sagrada por ter um lago sagrado e por ser a única na Índia onde existe um templo do Senhor Brahma (uma das pessoas da trindade hindu, além de Shiva e Vishnu).

Jodhpur, a cidade azul, muito bonito, de onde se destaca o Mehrangarh Forte (1708), que é onde foi gravada a cena final do filme Vanity Fair (de Mira Nair), também o Túmulo Jaswant Thada (1899), onde foi gravada uma outra cena do mesmo filme, e o palácio Umaid Bhawan, do actual maharaja da Índia, construído neste século, de 1926 a 1944.


Fatehpur Sikri é a 'cidade fantasma' gigantesca, capital no tempo mogol e que agora estaria às moscas se não fosse os turistas.


Agra, cidade que alberga, entre outros o Taj Mahal e o Túmulo de I'Timad-ud-Daulah (1622-1628), o segundo não é nem mais nem menos que o modelo do primeiro! Só que ampliado e melhorado em tudo, na dimensão, nos materiais, nas cores, nas pedras semipreciosas, etc.

Claro que é impossível ficar indiferente no Taj Mahal a tudo o que está à volta e respeitar a grande obra e todo o simbolismo que tem, ainda que com algum nevoeiro. É, sem dúvida, um espaço para enamorados.

Para terminar, algumas palavras-chave da Índia que merecem uma explicação demorada e individual (quando chegar aí...): grades, higiene, mulheres, decoração, pintira, religiões, vaca, bollywood, prata/gemas, caxemira/seda/saree, especiarias, chá/café/água.


6 comentários:

  1. Impressionante, tudo o que nos contas...

    Só é mesmo uma pena que as fotografias não se consigam visualizar. Eu, pelo menos, não consegui. Será defeito meu?

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  2. Não, Hera, eu também não consigo ver as fotos.

    Da próxima vez, Narcisus, tenta colocá-las num post sem texto.

    No entanto, a descrição que fazes é muito imagética... Ao ler o teu texto as imagens foram-me passando pela retina "interior"... Não sei se estás a entender-me... :)

    Belo post!

    Bom Domingo a todos!

    E boa semana!

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  3. De certeza que as fotos devem estar um espectáculo! Estou muito curiosas de as ver...

    Talvezz apenas quando as trouxeres no teu PC para Portugal mas possas mostrar, Narcisus...

    Beijocas, Adn.

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  4. Olá, Adn.!
    Tudo bem, Adn.?
    Gosto de Adn.
    Continua, Adn.

    Não ligues... como já sabes, quando estou com sono fico assim... É o que faz estar até às tantas a ver um debate sobre a Educação... ao qual espero que todo o povo português tenha assistido...

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  5. não é culpa de ninguém... a não ser minha, talvez pela internet de Timor-Leste ser deveras muito lenta...

    vou tentar colocar algumas fotos isoladas...
    bjnhs para todas

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  6. OLá Clio!
    Tudo bem?

    Tens de descansar mais...

    :)

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