Cassandra...
Cá estou eu... um pouco parada, um pouco emocionada... Não, não é a falta de tempo, nem a vergonha que me impede de escrever, mas a emoção e a saudade...a saudade das pessoas fantásticas que "deixei para trás", ou melhor, que a VIDA me fez deixar para trás... Reconheço que não nos podemos deixar abater, nem levar pela corrente da tristeza...no entanto, é mais forte que eu...
Mudando um pouco de assunto, quero muito agradecer à nossa Clara por ter construído este nosso blog...Sim, sem dúvidas que o devemos aproveitar... Por falar nisso, faço questão de deixar aqui um poema que há pouco tempo me foi enviado por uma das nossas companheiras...(Patrícia)...
É um poema triste, mas quem me conhece, perceberá, certamente, que é a minha cara, a minha história!... Aqui vai... (espero que gostem...)
ÍTACA
Ítaca estava dentro: era uma luz um rosto um cheiro
a sombra em certas tardes na sala de jantar
ou o teu sorriso debaixo da ameixieira.
Um sítio sagrado algures no tempo.
Um sítio por dentro. Um obscuro ponto
no mapa luminoso
no coração.
Para sempre só teu
para sempre escondido.
Como Ulisses ninguém volta ao que perdeu
como Ulisses não será reconhecido.
Não vale a pena suportar tanto castigo.
Procuras Ítaca. Mas só há esse procurar.
Onde quer que te encontres está contigo
dentro de ti em casa na distância
onde quer que procures há outro mar
Ítaca é a tua própria errância.
Manuel Alegre
(perdoem-me não ter a referência completa...)
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